Diabetes e os riscos para a visão
De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Diabetes atualmente, no Brasil, mais de 13 milhões de pessoas vivem com a diabete, representando 6,9% da população. No mundo o número chega a 37 milhões de diabéticos e esse número tende a crescer mais de 150% até 2035. As informações são do Atlas da Diabetes.
O diabetes é uma doença crônica (doença que persiste por períodos superiores a seis meses e não se resolve em um curto espaço de tempo) e se caracteriza pela falta de produção de insulina ou falha na aplicação adequada deste hormônio, que é responsável por controlar a quantidade de glicose no sangue. Nosso organismo necessita desse hormônio para utilizar a glicose e quando não consegue utilizá-la adequadamente ou seu nível fica alto, ocorre a hiperglicemia. Caso esse quadro permaneça por longos períodos, poderá danificar órgãos, vasos sanguíneos e nervos.
Problemas da Visão
Há três doenças que os diabéticos podem desenvolver, sendo elas, a catarata, que é a opacificação do cristalino (lente interna que focaliza a imagem), glaucoma, que é o aumento da pressão ocular e retinopatia diabética, que é uma alteração dos vasos sanguíneos que nutrem a retina.
O Glaucoma se caracteriza pela alteração do nervo óptico que leva a um dano irreversível das fibras nervosas e, consequentemente, perda de campo visual. Essa lesão pode ser causada por um aumento da pressão ocular ou uma alteração do fluxo sanguíneo na cabeça do nervo óptico. O optometrista pode identificar este problema com exames de Fundo de Olho e Tonometria.
A Catarata é uma lesão ocular que atinge e torna opaco o cristalino (lente situada atrás da íris cuja transparência permite que os raios de luz o atravessem e alcancem a retina para formar a imagem), o que compromete a visão. A evolução costuma ser lenta, e a doença pode afetar primeiro um dos olhos e só mais tarde o outro. Esta doença pode ser detectada pelo optometrista com exames de Fundo de Olho e Biomicroscopia Ocular.
A Retinoplatia ocorre quando o excesso de glicose no sangue danifica os vasos sanguíneos dentro da retina. Caso o paciente não busque tratamento, a visão pode ficar seriamente comprometida. Esta doença é a primeira causa de perda de visão em adultos de 20-65 anos. Cerca de 1 a cada 3 pessoas vivendo com diabetes tem algum grau de retinopatia diabética.
Neste sentido o Optometrista irá avaliar primeiramente se as alterações sentidas na visão pelo indivíduo correspondem algum “grau” ou está relacionada as alterações da glicemia (nível de açúcar no sangue) e aqueles que já usam compensação óptica (óculos ou lentes de contato) precisam de fato efetuar a troca ou não de seus óculos. Pois uma alta amplitude/variação da glicose no sangue pode alterar visão gerando embaçamentos.
Neste sentido o Optometrista irá avaliar primeiramente se as alterações sentidas na visão pelo indivíduo correspondem algum “grau” ou está relacionada as alterações da glicemia (nível de açúcar no sangue) e aqueles que já usam compensação óptica (óculos ou lentes de contato) precisam de fato efetuar a troca ou não de seus óculos. Pois uma alta amplitude/variação da glicose no sangue pode alterar visão gerando embaçamentos.
Consequentemente a esta variação da glicemia ao longo do tempo, pode haver lesões nos vasos da retina, denominada Retinopatia Diabética onde pode ocasionar cegueira. Desta maneira o Optometrista realiza o exame de fundo de olho para detecção precoce da doença.
Outro exame realizado pelo Optometrista no intuito da detecção precoce da Retinopatia Diabética é o Farnsworth–Munsell 100 hue test que a priori é realizado para detecção do Daltonismo, mas com as lesões da retinopatia diabética nos cones (célula fotossensível da retina responsável por cor) pode haver alterações detectáveis no resultado do exame.Portanto, é fundamental que os exames de vista sejam feitos regularmente, afim de obter um cuidado adequado e preventivo da saúde visual.
Fonte: CROOSP
Diabetes e os riscos para a visão
Reviewed by Fernando Mendes
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